quarta-feira, 21 de maio de 2014

Escreverei três mil poemas que serão lidos no máximo umas dez vezes, poesia é assim, eis a vida sofrida do poeta, que pelas madrugadas em sua solidão a tem em companhia, pelo menos, foi isso que eu disse, quando àquela prostituta que há muito tempo atrás me perguntou por que eu escrevia
 - Não prefere humanos, pessoas de verdade?
 - Não sou objetivo, não costumo ser entendido
 - Mas eu lhe entendi agora - Ela riu.
 - Sou entendido quando menos me importa ser.

Fomos embora juntos, a levei até seu trabalho, e depois disso, nunca mais a vi. Pelas ruas, percebi que as coisas não tinham mais sentido.

Rio de Janeiro, 21/05/2014
Edgar de C. Santana

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