segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Passadas Perdidas


Longas caminhadas
Ruas passam

Voz ecoa
Vira diário
Registro de amor
Amargura
Poesia

Vento gelado anuncia
Não entendo

Praças limpas
Distorcem das que vi dias atrás

Outras ruas
Outros passos perdidos
Eu inquieto
Para lá e para cá

Vou a algum lugar
Para onde voltar?

Não sei se para mim ou
Para um lar
Que não posso entrar

Sinto como se estivesse preso nas ruas
Olhando o lar pelos olhos da imaginação
Imaginando como está
O que já foi realizado

Na realização que me senti outrora
Mantenho-me na saudade
Vislumbrando o que virá

Estranha ansiedade de dormir e acordar

Perdida,
Poesia ainda mais perdida
Não deixa de ser assim
Poesia construída.

Edgar de C. Santana

15/07/2014