Longas caminhadas
Ruas passam
Voz ecoa
Vira diário
Registro de amor
Amargura
Poesia
Vento gelado anuncia
Não entendo
Praças limpas
Distorcem das que vi dias
atrás
Outras ruas
Outros passos
perdidos
Eu inquieto
Para lá e para cá
Vou a algum lugar
Para onde voltar?
Não sei se para mim
ou
Para um lar
Que não posso entrar
Sinto como se
estivesse preso nas ruas
Olhando o lar pelos
olhos da imaginação
Imaginando como está
O que já foi
realizado
Na realização que me
senti outrora
Mantenho-me na
saudade
Vislumbrando o que
virá
Estranha ansiedade de
dormir e acordar
Perdida,
Poesia ainda mais
perdida
Não deixa de ser
assim
Poesia construída.
Edgar de C. Santana
15/07/2014