E ainda temos que ter
força, e ainda temos que lutar pelo que é nosso, e ainda temos que dialogar, o
que queremos não está onde estamos.
Ruas erradas? Qual é o
caminho do que é prometido?
Digo o que vem do coração,
digo o que vem da minha razão. Ouvimos que somos capazes apenas pelo que
falamos. São tão poucos que são apenas pelo o que são e não pelo que dizem,
acho que não conheci quem assim fosse, ou se conheci, não soube que assim era.
Um menino no meio da estrada,
eu olho seus cabelos e seu lábio sorridente, ele me faz olhar para onde
estamos, e onde desejaríamos estar, e os sonhos infantis deste menino não foram
ouvidos desde cedo, não lhe deram atenção, e não importa, por que ele dizia,
dizer é o que importa!
O que importa é dizer, dando
segurança a quem lhe confia vidas. São mais seguras as palavras que atitudes a
serem tomadas
E temos que ouvir nossa
própria dor em outras bocas... eu não deveria ter dor alguma, não essa dor, mas
a minha não me basta, quero saber da tua, e rir ferido pela tua dor que me
culpa.
Somos confusos
confundindo, só os confusos se confundem. Não desejamos mas acordar, precisamos
de dormir, de sermos sós, que ninguém jogue em nossa cara, mas por favor,
dê-lhe o direito de jogar na nossa cara nossa vergonha.
Porém, digo-lhe que não
sou feliz, não me sinto bem em ser alegre ou brincalhão, se assim sou, não é o
que gostaria ser, a vida foge do controle, ora, não dominamos nem a nossa própria
vida, como dominaremos a outra?
Eu te dou isso, então
subjugue-se a minha verdade ou perderás!
Você não é melhor do
que eu por falar bem, por dizer o que qualquer um poderia ter dito e não disse,
o mundo orgânico vive, todos dependem de todos.
Mentira! Minha dor não
depende de ti, trago-lhes risos falsos numa novidade repetida, Neste convívio
comum, reina-se o bom senso! Para mim, que me enxergo em nós, penso que o bom
senso assim o deixa de ser quando se torna vulgar!
Você me dá isso, mas eu
trago a minha verdade por ti esquecida, por ti não olhada, ouvindo teu silêncio
ouvia minha fala,
E hoje, os calados reinam
e destroem mais com um suspiro, com algumas poucas palavras,
Hoje os calados me
derrotaram,
Porém, não com suas
verdades, mas com suas mentiras!
Edgar de C. Santana
15/05/2014