terça-feira, 15 de abril de 2014

Túmulos e Trombetas


E ainda temos que ter força, e ainda temos que lutar pelo que é nosso, e ainda temos que dialogar, o que queremos não está onde estamos.

Ruas erradas? Qual é o caminho do que é prometido?

Digo o que vem do coração, digo o que vem da minha razão. Ouvimos que somos capazes apenas pelo que falamos. São tão poucos que são apenas pelo o que são e não pelo que dizem, acho que não conheci quem assim fosse, ou se conheci, não soube que assim era.

Um menino no meio da estrada, eu olho seus cabelos e seu lábio sorridente, ele me faz olhar para onde estamos, e onde desejaríamos estar, e os sonhos infantis deste menino não foram ouvidos desde cedo, não lhe deram atenção, e não importa, por que ele dizia, dizer é o que importa!

O que importa é dizer, dando segurança a quem lhe confia vidas. São mais seguras as palavras que atitudes a serem tomadas

E temos que ouvir nossa própria dor em outras bocas... eu não deveria ter dor alguma, não essa dor, mas a minha não me basta, quero saber da tua, e rir ferido pela tua dor que me culpa.

Somos confusos confundindo, só os confusos se confundem. Não desejamos mas acordar, precisamos de dormir, de sermos sós, que ninguém jogue em nossa cara, mas por favor, dê-lhe o direito de jogar na nossa cara nossa vergonha.

Porém, digo-lhe que não sou feliz, não me sinto bem em ser alegre ou brincalhão, se assim sou, não é o que gostaria ser, a vida foge do controle, ora, não dominamos nem a nossa própria vida, como dominaremos a outra?

Eu te dou isso, então subjugue-se a minha verdade ou perderás!

Você não é melhor do que eu por falar bem, por dizer o que qualquer um poderia ter dito e não disse, o mundo orgânico vive, todos dependem de todos.

Mentira! Minha dor não depende de ti, trago-lhes risos falsos numa novidade repetida, Neste convívio comum, reina-se o bom senso! Para mim, que me enxergo em nós, penso que o bom senso assim o deixa de ser quando se torna vulgar!

Você me dá isso, mas eu trago a minha verdade por ti esquecida, por ti não olhada, ouvindo teu silêncio ouvia minha fala,

E hoje, os calados reinam e destroem mais com um suspiro, com algumas poucas palavras,

Hoje os calados me derrotaram,

Porém, não com suas verdades, mas com suas mentiras!

Edgar de C. Santana

15/05/2014

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