sábado, 23 de agosto de 2014

O mar a minha frente
O deserto às minhas costas
Meu corpo no chão
Aguardando a passagem.
Chamas em mim
E ao meu redor
Entre o fim e a esperança
Permaneceu a última
Não há dúvidas
Nem incertezas
Talvez, um leve receio
Caso a luz se apague.
Uma árvore isolada no Monte
Para que lado pende
Enquanto vislumbras o céu?
Rio de Janeiro, 27/07/2014
Edgar de C. Santana
Nem sempre, quando estamos no deserto, e vemos o mar a nossa frente, devemos mergulhá-lo e achar que sairemos vivos, quando na verdade precisamos apenas de sentar e vislumbrá-lo! Ontem, o absurdo surgiu diante dos meus pés. E toda injustiça humana se abriu, e qualquer coisa dita sobre amizade se desfez, e qualquer coisa que havia sido dita pelos humanos próximos não passaram de mentiras.
Hoje, a dor passa, hoje eles têm os pés fortalecidos, e nenhum humano do norte veio dizer-lhes, tu é foda! O norte estava dentro dele, e por ELE qualquer dor da saudade fora superada, restando lhe apenas saudades. E qualquer ódio de amar fora destruído de amar, restando-lhe o amar. Desculpe pobre filósofo, Mas só pude continuar, quando neguei a tua verdade, quando neguei a vida como um fim nela mesma. Tu pobre filósofo, desconhecestes o que é estar só quando lhes houveram mentores. Tu, verdadeiramente, não soubestes o que é ser solidão apesar, uma pena, certamente seria agraciado com todo um conhecimento maravilhoso de ser vivido. Mas obrigado pelo mito questionado, ele me foi recuperado. Obrigado, tu e ELE, pela minha intolerância despedaçada!



Rio de Janeiro, 23/08/2014
Edgar de C.Santana
Farofa
Purê de batatas
Geleia de morango
Lembrança se faz
Na mistura pra barriga
Fome de amar
Sede saciada
Em extrato de erva mate
Na mesma mistura
No cheiro de café
Após longa subida
Pão comprado
Frango Assado
Na descida da Ladeira
Misturado na salada preparada
Pudim de Leite
Torta de Limão
Torta Salgada
Mulher Apaixonada
Poesia dos dias
Que nós temos encontrado
Vida simples, com mistérios,
Porém: Simples!
Que desejo
O mar não abre
O deserto não acaba
Continua o amar
Ontem, antes do jantar
Um casal de borboletas reapareceu
Vida pacata
Ficar em casa
O aprender a andar
De bicicleta das crianças
Uma volta
Do passado ao futuro
Obrigado pelo presente
Que é apenas uma chance
A cada novo instante
O amor também se manifesta nestas coisas
Ele se encontra
Onde gostaríamos de estar
Vamos jantar?

Rio de Janeiro, 23/08/2014
Edgar de C. Santana