Sobre ventos e
chamas
Vulcões voos
tempestades
Pousos, ares, terras
Poesia, choros e
risos luta
Tece a rima bruta
Visões de liberdade
Diversos tons de
cores
Fomos Atores
Uns pensam
Artistas, prefiro
Cálido sorriso
Cálices do próprio
peito
Embriagues, poesia
Todo dia é um dia,
poesia.
A esperança vazia
Persistente, sempre
Não alcança seu
conforto
Simplesmente.
A incógnita
presente
Não é a mesma de
outrora
Outros rumos
Outros barcos
O fim de tarde não
visto
Não esconde por sua
vez
O nascer da lua
O beija flor,
Enfim pousou
Já não o vejo mais
Uma pena uma pena
Olhos alçam voos
Que com asas
apressadas
Não se contentam em
pousar…
Falar de amar?
De estar no peito?
Não preciso,
Falei sobre eu te
amo
Em cada verso deste
poema
Inclusive do nosso
corpo
Não despido
E da paixão louca
Na mira do cupido
Escrevi
Todos os dias
Ao não acontecido
Que não esconde,
Por sua vez,
O que deveras
aconteceu
Olhar a lua, todo
dia,
Vê-la bonita
Tirar fotografia
Não é o mesmo
De uma outra lida
Traz consigo algum
sorriso
Algum nascer não
visto
De caminhos
escondidos
Ondas de dias atrás
Vem de um jeito
melífluo
O silêncio da espera,
A próxima palavra
A ser dita...
O silêncio initerrupto
O silêncio...
E pra não esquecer
das reticências
Coloco aqui um
desfecho natural
A incógnita se faz
agora afinal
Quando não se
imagina
Que de súbito
Pode vir trazendo
consigo
Gritando gritando
gritando
O pulsar do coração
Continuando continuando
Sobre a égide subjetiva
Da palavra que tanto
Buscamos objetivar
De onde vem, pra onde vai
Reticências
Gritando enfim
A incógnita cheia
de exclamação !!!
Edgar Carsan
08/10/2015