quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Exclamações e Reticências

Sobre ventos e chamas
Vulcões voos tempestades
Pousos, ares, terras
Poesia, choros e risos luta

Tece a rima bruta
Visões de liberdade
Diversos tons de cores
Fomos Atores
Uns pensam
Artistas, prefiro

Cálido sorriso
Cálices do próprio peito
Embriagues, poesia
Todo dia é um dia, poesia.

A esperança vazia
Persistente, sempre
Não alcança seu conforto
Simplesmente.
A incógnita presente
Não é a mesma de outrora

Outros rumos
Outros barcos
O fim de tarde não visto
Não esconde por sua vez
O nascer da lua

O beija flor,
Enfim pousou
Já não o vejo mais
Uma pena uma pena
Olhos alçam voos
Que com asas apressadas
Não se contentam em pousar…

Falar de amar?
De estar no peito?
Não preciso,
Falei sobre eu te amo
Em cada verso deste poema

Inclusive do nosso corpo
Não despido
E da paixão louca
Na mira do cupido

Escrevi
Todos os dias
Ao não acontecido
Que não esconde,
Por sua vez,
O que deveras aconteceu

Olhar a lua, todo dia,
Vê-la bonita
Tirar fotografia
Não é o mesmo
De uma outra lida

Traz consigo algum sorriso
Algum nascer não visto
De caminhos escondidos

Ondas de dias atrás
Vem de um jeito melífluo

O silêncio da espera,
A próxima palavra 
A ser dita...
O silêncio initerrupto
O silêncio...

E pra não esquecer das reticências
Coloco aqui um desfecho natural
A incógnita se faz agora afinal
Quando não se imagina
Que de súbito
Pode vir trazendo consigo
Gritando gritando gritando
O pulsar do coração
Continuando continuando
Sobre a égide subjetiva
Da palavra que tanto
Buscamos objetivar
De onde vem, pra onde vai
Reticências
Gritando enfim
A incógnita cheia de exclamação !!!


Edgar Carsan
08/10/2015

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