quarta-feira, 12 de março de 2014

Cuida da Pressão
Cuida da Glicose
Assim
Do começo do dia
Ao fim

Hora de dormir
O silêncio que faltou
Passa a existir

Nessa hora
A cabeça começa
A parir.

Edgar de C. Santana
12/03/2014

Outra insônia



Pra lá e cá
Treme cama
Desconforto

Levanta e escreve
Seu cachorro - Diz a insônia.

Aproveita agora
Que o dia inteiro
Tu morre no mato

OSTRA INSÔNIA

Tenho que dormir
Amanhã
Todo mundo deixa de amar

Para Servir
Para Aturar
Para sem empregar

E depois ainda tem
A tal da unografia.

Edgar de C. Santana
12/03/2014

Dona Maria
Reclama todo dia
Varre chão
lava louça
Penteia o cabelo

Seu João
Reclama todo dia
lava o banheiro
Agoa planta
E compra pão

Pobre
Que de tudo reclama
Onde deveria amar
Pobre é mais de uma vez

E no final do dia
Não termina cama

Termina assim.

Edgar de C.Santana
12/03/2014
Caro gentileza,
Que deixa numa gentil mesa
Farta de palavras

Onde leio
O poeta que não sou

Onde está insensibilidade
Fertilidade não está

Deixo assim uma Poesia
Ao poeta que não fui.

Edgar de C. Santana
12/03/2014

domingo, 2 de março de 2014

Só Mentira Só Inocência

Oremos por nossas omissões
Somos incapazes de aceitar a verdade
E assim amamos mentirosamente
Um amor cego em humanidade

Nada do que é verdadeiro pode ser crível
Até mesmo a verdade se perdeu no caminho
Subjugar qualquer um sob nossos pés
Ou nos remeter a partir sozinhos

Fingimos qualquer coisa
Para em piedade nos esconder
Não deles, nem do mundo
Mas nós mesmo até a hora de morrer.

O que nos importa agora
São apenas nossas anestesias
Não para mim,
Toda a dor que explode
Um sorriso em algum lugar brota

Até estas palavras podem ser violentas
Tudo no dia a dia transpira a violência
E como nesse paradoxo qualquer
Sem rima e canto como sempre
Pode não ter violência alguma nessas palavras
Pois não há violência alguma no dia a dia.

Só Mentiras
Só Inocência

Edgar de C. Santana
03/03/2014