Rio de Janeiro, 02/05/2015
Edgar de C. Santana
O que o fogo cria
O vento espalha
Então nos fizemos conhecidos
Naquele dia
Um terremoto se fazia
E ao mundo ecoavam gritos
Sobre a forma de Beijos singelos em palavras
Ou desesperos de um terremoto
Que deveras acontecia
Sobre a forma Tristeza milhares de pessoas
Unidas separadas palavras fatos e atos...
As asas da borboleta bateram sobre nós
Ou fomos nós que as fizemos mover?
Um abalo sísmico em Nepal
Nos acordes do meu violão
Forjados ao olhar filosofia
Não eram apenas a real
Dissonância do nosso coração
Rua que alguma cratera se abria
Não um qualquer dia
Tão pouco um mero raiar de sol
Magnitudes de uma nova flor
De amizade surgida
Onde as passadas do passado caracol
Tem mistério profundo
Ao fato e ao interior
Uma areia ou uma rachadura no mundo
Eis enfim o soneto não menos vagabundo;
Não há um tratado de versificar a dor
Nos colocamos entre espelhos
Em reflexos distintos do nosso interior
No eu aos outros abrir e fechar cílios
Quando no solo uma rachadura se abre
Uma rosa em nossos seios desperta
Lagrimas, e outras seca a tons de sabre
Acorde o verso, um ao outro se aperta
No instante rompante se faz vivo
O que no fim, choramos ou rimos
De tristeza e alegrias, nossos sismos,
No dia que me tive cativo,
Onde cheio de calmarias e atritos
Abriram e fecharam novos abismos
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