segunda-feira, 11 de maio de 2015

Esta manhã no Rio Comprido


Não é um dia qualquer,
Apesar de tão comum
A notícia do jornal
A Mentira escondida
Sobre o time de futebol derrotado

A alma de alguns meninos 
Voam por ai
E dái? E de quem foi a lágrima mesmo?

Ah! Se cada lágrima pudesse a esmo
Brotar uma flor em nossas consciências
Quão diversos seriam nossos jardins...

Ah! Se o chorasse das mães
Pudesse mudar o mundo,
E quem sabe o menino moribundo
Não tivesse de comer balas para 
Acalentar sua fome de consumo
De tudo, de profundo de mudo defunto!

No Rio Comprido
Dia de dia das mães
Tiros de uma guerra inventada
Preencheram a vida

O Rio se fez comprido
Tanta a lágrima
Que não fora vista
De expressões emocionadas
E presenciadas pelos entes queridos

Não preciso abrir os jornais esta manhã
E Provavelmente, por um bom tempo
Não os lerei novamente

Mais uma vez eles fizeram seu jogo,
Na ânsia de mostrar Assassinatos
Esqueceram de revelar outros fatos...


Rio de Janeiro, 11/05/2015
Edgar de C.Santana 






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