Proibido acesso ao telhado,
Diz uma placa...
A cada tiro contasse o corpo
A cada dor, um rosto
Uma lagarta faz seu caminho
Tranquilamente pelo chão onde piso
O Beija flor não apareceu hoje
Nem o meu sorriso.
A placa que diz proibido
É a que autoriza
Contasse corpos e contasse
Vida!
Paradoxal a Polis Moradia
A metralhadora, real,
Dolorosa, sentida,
Enseja sua cantoria...
A guerra, essa sim é fingida!
O peito arde,
Grita em chamas,
O Beija Flor não vem,
Vou a ele com a memória
Dou-lhe um Riso
A agonia precisa ser vendida (ou vencida)
A lagarta faz seu caminho
Dia a dia um pouquinho
Rumo ao horizonte vasto
Chamado utopia
O beija flor não veio
Mas mandou sua amiga
A lagarta, entre
O eco tiroteio, Para me ajudar
Nesta poesia.
Edgar de C. Santana
Rio de Janeiro, 13/05/2015
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