segunda-feira, 27 de abril de 2015

HOUVE UM TEMPO

25/04/2015

Houve um tempo
Que eu nem gritava
E nem escrevia
Houve um cego
Que pela Esquina
O que nascia
Era o que não buscava
E reprimia...

Um sopro do destino
Ou uma chama crepitante?

Queria ver o jardim
Mas até mesmo a pétala
Murcha desprezava
E a borboleta não vista
Tão triste por aí voava

O meu véu não caía
Enquanto não conseguia
O que tanto buscava

Eis em mim
O que a poesia tanto reveleva
E eu cego não lia

Que naqueles dias
Que eu nem gritava e nem escrevia

Houve um tempo
Que não sorria
E nem chorava.



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