segunda-feira, 6 de abril de 2015

Nem Era bem Assim (ou Ordem de Despejo)



Rio de Janeiro, 06/04/2015
Edgar de C.Santana

Ordem de despejo
Mas uma vez esquecem o dia
Importou apenas
O que você pagou
Depois disso
Meta o pé
Não importa o que ficou
A ordem é: Despejo!
Suma, parta logo
Preciso de um novo inquilino
Despejo, deixe seu dinheiro e volte sem prazer
Vá para a rua,
Eu te expulso até com orelhas de coelhinho
Ordem de despejo, assim, antes do tempo!
Antes do que combinamos
Alguém tem mais a oferecer
Do que você tem pra me dar
Você não é nada, nunca foi nada
Um monte de vazio, de bolsos vazios
Ordem de despejo! Você não tem nada!
Chora vagabundo! Já tirei-lhe o que queria
E deixei-lhes mais um dia!
Chora vagabundo
Para lá das injustiças humanas
Termine na rua a sua poesia!

Isso por que eu havia começado a poesia deste jeito:

Foi-se inspiração em algum canto
De amar sempre em qualquer lugar
Mesmo que cada um leve de sua forma o amor
Seja ele em desprezo, ou acalentar
Em algum canto tínhamos que nos amar
E por que não chorar? E lembrar?
A dor serve apenas para ser lembrada
E um dia não voltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário