Rio de Janeiro, 08/04/2014
Edgar de C. Santana
E pra não dizer que não falei das laudas e dos natos
Em um poema os fiz
Em outras crianças
De pais trabalhadores
De horas em flores
De sonhos e pétalas que vem e vão
Outros ventos sopram
Que ventos são esses?
Uma aurora ruiva
Escondida em algum canto
Grita uma volta?
Por que também entre as laudas
E natos havia uma Alexandria
E havia eu ali
Símbolos que nos erguem ou símbolos que erguemos?
Cada qual com seu jeito, seu verso sua polifonia
E também, uma dose para dor
Uma outra para o cinismo
E aquele trago...
Uma parte ainda perdida de algum passado
Um outro aceitaria prantos e cantos
E o que é negação
Se faz curiosidade de busca?
Entre alegrias plenas, risos belos, flor desabrochada,
Cachoeiras brotadas cachos de mulher
Bílis negra de uma pétala a ser vista
Estamos aqui, em algum canto destes poemas
Presentes!
Somos crianças,
Continua aí...
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