segunda-feira, 6 de abril de 2015

Entre Flores, Borboletas e Acorde de Instrumento


Rio de Janeiro, 06/04/2015
Edgar de C.Santana

Viera uma flor, uma dessas que de repente se abre aos olhos
Depois, Uma borboleta voando deixou-lhe algo
Ambas partidas distantes,
Uma linha
Um acorde,
Que pode ser uma lagoa
Ou acorde de um instrumento musical
Onde olhas há uma poesia
Ou uma nota
Como um oposto a quem desafinado anda
A quem chora e ama
Em dedos trêmulos nas.... Ah essas cordas de aço!
A flor, a borboleta, o acorde
Não se fazem uma marca qualquer na vida
Até mesmo um olhar,
Quando em ti se faz introduzido,
Não é tão facilmente esquecido
Tampouco, podemos considerá-lo recíproco

Não dormia nem acordava como criança
Não era o pesadelo mais que temia
O dia a dia em si que era pesado
Num trago um gole de esperança
Doada como a esmola que tanto pedia
Ou então com o verso de um poema inacabado

Em outras estações, em novos fios
Um outro tecido que lhe acobertasse
Os anseios que alma ansiava
Encontrou tão perto de si,
Pelas lapelas que caminhara
Encontrou-se em uma parte

Não é surpresa alguma encontrar-se
Ou ir em busca de si mesmo
Numa cidade inteira posta em chamas e caos
Quem não teria se perdido?

A saliva cheia de amor
A distância, a falta que o acorde faz,
A vontade de lhe ver, a falta de dinheiro
Cheio de amor e saliva, corações híbridos
Que se remontam das regras quebradas

Uma borboleta pousou na flor
Surgiu o acorde de um instrumento

E cada significado de nome
Ou um apelido, representa mais
Do que estes meus versos sem limo...









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