domingo, 4 de janeiro de 2015

12 horas

12 horas
Um quarto de dia
Um quarto onde mora
O que eu queria

12 meses desprezada eu me via
Vezes dois eu sorria
Trinta e seis, minha agonia

Chamas rompiam nos céus
Maravilhados os olhares
 Se perdiam

Estrelas de poucos minutos
Portas de novos meses se abriam

Não me importa a alegria
Não me importa a tristeza
Uma viagem em que você dormia
Na penumbra de um sonho
Eu me apegara
Doze horas
De repente um outro dia.

Obras do acaso
Ou do que está escrito, sei lá    
Uma paixão brotara
Uma semente deixada
                                                              Enfim.


 Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2015

Maria Catarina

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