terça-feira, 30 de junho de 2015

Um Isqueiro Perdido

Andou perdido um isqueiro
Um desse grande, Azul,
Um desse de botequim
Que pode ser encontrado
Em qualquer lugar
Justamente esse andou perdido...

Ele procurava ansioso pelo fogo
Buscava pela festa
Algo que estava em seu corpo
pelas mesas pelos risos pela boca
com todas as palavras
e não fora encontrado..
cansado, Deixou pra lá... pegou...

...Um fogo, um emprestado um outro
que por ai crepitava e um de modo
furtivo quando, de repente,

Seu azul escondido ali estava
ascendido em outros dedos
fez de repente aparecido

Um alivio para a poesia
e para um poeta
que busca o fogo
onde está frio
que tira uma poesia
do supérfluo incompreendido
que de vez em quando
se faz com o isqueiro

Que caminha por ai sumido
e se acha onde menos se espera
nos lábios de um artista
ou do carinho de um coração amigo


Rio de Janeiro, 30/06/2015
Edgar de C.Santana

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