Tinha um céu, estava ali quase agora, eu sei eu vi... Saúde,
saúva, eu vi, com certeza ele volta, não é possível, afinal, eu olho em volta,
eu o percebo nas trocas miúdas de olhares, nos lábios quentes cheios de saliva,
nas batidas dos seios, no toque das peles... Tudo bem não vê-lo agora, saúva,
saúde, tudo bem, bem... Enquanto isso eu ascendo o cigarro, ás vezes preciso de
ter algo em mãos, ás vezes escrevo alguma coisa errada, uma prosa qualquer, só
pra me sentir mais humano, só pra dizer que te amo, assim, desse jeito, e não
importa aonde vai, o céu está ali, ele me irrita, ele me segue, eu quero
segui-lo... Ele estava ali quase agorinha, sorrindo cheio de estrelas pra mim,
pra mim, pra mim... Não, para nós, sim, para nós, para todos nós, afinal, mesmo
que eu caminhe sozinho pelos becos da incerteza, não me permitirei deixar de
viver a coisa boa de sermos nós, de tantos nós que me prendem, há o nós que me
solta. Não é a minha vida apenas, é a nossa, de todos nós, eu te amo, nós...
Rio de Janeiro, 30/06/2015
Edgar de C.Santana
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