quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Só uma agonia só


Saber que é só,

Só um dor de agonia

Uma dor de estar só.
Uma voz se esquiva

Uma outra se perde

Distorcida

E uma, enfática, imediata

Determina.
Saber que é só,

Não é só uma dor

De garganta

É mais, é uma escolha,

É acalento deixado de lado.

A voz que determina

Distorcida se perde

E pede amor

Sitiado na sua melancolia

Ela sabe que é só,

A bobinha da corte

Onde a chamam sua atenção quando bem querem

E quando bem querem a largam de mão

Saber que é só

É só uma agonia na garganta,

É só uma dor só...

Rio de Janeiro, 12/02/2014

Edgar de C. Santana

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