segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Surdos

Vai vai vai,
Não há vagas não há vagas não há vagas
Não precisa se esconder
Calma Calma Calma
A verdade nem machuca tanto assim
Você pode fazer coisas maravilhosas
E você vai querer que todo mundo saiba
Mas a noite, na solicitude
Por mais que você tente
A consciência pesa
Eu não sabia que você estava doente
Mas eu não vou curar seus males

Esconda as suas fotos
Nas gavetas do armário do coração amigo
Use meu tranquilizante
Superei seus crimes
Sem precisar de usar os joelhos
E crer numa Deidade evangélica espírita católica pagã

Esconda suas mentiras
Diga foda-se despreze
Tudo é muito simples

Mas acontece que alguma coisa
Formiga no estomago

Eu sei o que sou
Se me dói foda-se, esqueço e durmo
Mas uma hora volta
E não olharei mas em seus olhos
Esse vazio, eu não me arrependendo dele

Larguei uma vida na vida
Deixei-a solta
Desprendida,

Acreditei que pudesse fica tudo bem
Mas comigo
De verdade
Não dou a minima importância

Ele era um garoto sensível
Contou toda sua história
E disse-lhe tudo
Pena
Eu surda!

Rio de Janeiro, 08/12/2014
Edgar de C. Santana






Nenhum comentário:

Postar um comentário