Sol,
Tarde
Aquela menina
Que um dia lutou
Hoje escuridão em tudo vê
Aquele menino
Que houvera sonho em seu olhar
Hoje deixou o sonho chorar
Claro, quando há escuridão
há espaço para a luz
Quando o sonho desaguou
Regou uma semente na alma
Mas não é possível negar
A tristeza que aflora
Querer retomar o Riso que luta
Quando nas vidas reais
Nas pessoas reais
Pouco importa
Se você luta ou desanima
A culpa é de quem deixa o peito num
Coração a mostra?
Está resolvido e assim decidido?
Por quem? Os que estão longe?
Os que estão perto? Os que passam por nós
Por quem?
Aquela menina que roubava livros
Um dia escreveu o seu
Na esperança de ser também roubada
Não foi o livro roubado
Frustrada
Anos mais tarde
Se quer os livros são lidos
Biblioteca do seu coração em chamas
Sozinha ela tenta apagar o incêndio..
Ela faz a sua parte
E se queima...
Não pode parar
O coração bate
E se queima...
Sozinha ela tenta apagar o incêndio
Onde a maioria não apaga
Mas paga...
Aquele menino ouviu dizer
Que tinha uma estrela na testa
E foi viver tranquilo a sua vida
E hoje em dia
Querer morrer já não basta
Já não dá conta do recado
Rastros e restos de estrela
Espalhados pelo infinto
Cata-os, tentando ainda
Mostrar os pedaços do que era
Mas é inútil... não há quem veja...
Veja hoje, é obscurantismo
Pela luz da estrela que se apagou...
Sol,
Tarde
Toda a felicidade
Na infelizcidade
De acordar numa manhã
O conjunto relacionado
O individuo nele
Os pronomes
A nuvem
Cinza
Nossa triste despedida
Uma despedida que
Em minha alma perdura
Parece não ter um fim..
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