Uns escolhem aproximação
Outros afastamento
Uns querem a solidão
Outros companheirismo
Eu quero correr
Ver o céu e a lua bonita
A rapidez que chega a nuvem
E tocar o seu desmanche
Meus dedos que tanto
Gostam de tocar
Hoje pegam o ar
Dizia o cantador:
“ a alma presa quer se soltar
Lutar sozinho
Qual o caminho de encontrar “
Dizia o poeta:
“ nos corações humanos a amizade”
Lembraste?
Dizia minha mãe:
Maria, não escreva tanto!
Eu respondia
Palas desiludida!
Feliz da alma que solta
Encontra amizade
No peito alheio
Feliz que como um beija flor
Ambos descansam e se alimentam
E não vão embora um do outro
Quando se afastam
Eu só podia dizer
Como poetisa
Que musa não
É o corpo humano
E a paixão que domina
É quando um carinho
E um cuidar
De uma amizade desperta
E tira uma lagrima desta donzela
Que hoje te escreve escondida
Palas desiludida
Maria Catarina
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