terça-feira, 26 de novembro de 2013

Do ralo a rua


Lá fora,
A Rua recebe a chuva
E a joga pelo ralo,

O rio trás de volta
À rua a chuva

A rua retèn as poças
Dos indigentes,
Retén nas poças
O vômito dos céus.

Uma criança, detesto ser,
No dia a dia pulando amarelinha

Na calçada dou de cara com uma cadelinha
Que prenha,
Se mexe e se aprouchega nas pernas
Do seu dono.

Como faz frio aqui fora.

Mesmo indo embora,
Dividimos a calçada

O não importa,
É uma ironia na nossa perna torta.

Dividimos a calçada,
Nossa carteira escrava.

Nossos sonhos vomitados,
Nas poças de sangue e chuva!

As ruas levam nosso choro
pelo ralo...









Nenhum comentário:

Postar um comentário