segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Mas o preconceito nos separa

 Eu não sabia lhe convencer a me olhar, me cuidar...  A minha identidade sempre esteve em crise, sempre! a crise de identidade nunca se afastou... Identidade roubada! Como lhe mostrar seu preconceito, se nem você me veria como herdeiro da noite? O trem não é nada demais, mas sua bunda não doía por querer sentar...


Mas o preconceito nos separa. Eu sempre achei que o problema estava comigo. Eu nunca fui bonito demais, eu nunca trabalhei bem demais, eu nunca me esforcei bem demais, eu não escrevia bonito demais. Nessa conjuntura, negros jamais seriam bonitos demais, trabalhadores demais, escravizados e chamados de vagabundos e vagabundas. Desculpe, estou chorando, eu não escrevo bem demais, e não consigo colocar pra fora.

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